quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Uma vez mais, pulei uma semana. Não quero que isso se torne hábito, mas a verdade é que estou cada vez mais focado no Noryoku Shiken (aquele teste de proficiência em japonês do qual falei no post passado). As boas novas é que fiz um simulado (na verdade, a prova de 2006) e o resultado foi positivo: passei! Resta ver se na edição de 2009 também passo. Mas como ainda tem mais de um mês pela frente, estou cada vez mais confiante na vitória. hehehe
Contudo, isso provavelmente significa que os posts vão ficar meio atravessados. Além dos comentários que costumo fazer. Gosto de ler bem e de pensar a respeito de cada um dos posts, tentando ser o mais "ajudante" possível, o que fica complicado diante do volume de estudos que estou tendo. Juro que vou tentar compensar e me organizar para dar tempo para tudo, mas é difícil. E, muitas vezes, cansativo. Mesmo.
Só para não perder o barco: gostei do comentário da Gi sobre o tópico do outro post. Só para relembrar, falei de autoria e da intenção do autor, argumentando que o que interessa, na verdade, é a interpretação que o leitor faz da obra, e não o que o autor talvez tivesse vontade de dizer. Aí ela argumentou: pena que o vestibular não pensa assim. É verdade. Pena. Estão perdendo uma ótima chance de dar mais autonomia aos estudantes e de fazê-los raciocinar sobre o que lêem, ao invés de apenas decorar mais "fórmulas" para passar. Sei que o vestibular necessita de um critério objetivo para definir quem passa e quem roda, mas não penso que jogar uma interpretação específica sobre o que é o certo sobre tal autor e o que é errado seja o melhor. Mas quem sou eu para falar. Só um blogueiro. Ainda, pelo menos.

E, para não deixar ninguém (muito) na mão, resolvi postar um video de uma banda japonesa que faz muito sucesso: B'z. Sim, é esse o nome mesmo. Gosto do som deles, especialmente da guitarra (os mais observadores verão que o guitarrista é feio pra caramba, mas toca muito :P), e é um rock um pouco diferente do que costumamos ouvir. Bom, quem sabe eu não deixo eles mesmos se apresentarem?



Para quem quiser ver a letras, está nesse site (http://bz.9fishdesign.com/bzlyrics/lovedead.htm) com a traduçao (em inglês). Se vocês se interessarem, posso postar a tradução em português mais tarde, durante a semana. Bom, aproveitem

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

De liberdades e afins

Pois é, dessa vez consegui atualizar na quinta; contudo, seguindo a linha das últimas semanas, também estou um pouco sem tempo. Sei que essa desculpa já não deve estar mais colando, mas eu tenho uma boa explicação para estar assim. E ela se chama Nihongo no ryoku shiken. Para quem não conhece, é uma prova de proficiência em japonês. Vai acontecer dia 06/12, e estou me preparando ardentemente para ela. Por que?, vocês perguntam? Porque, eu respondo, se conseguir uma boa nota, poderei pleitear uma bolsa de estudos no consulado japonês (tem um aqui em Porto Alegre) para estudar lá por dois semestres (e, quem sabe, até um mestrado ou doutorado. Um colega meu foi no início de Outubro, há duas semanas). Eis a razão de tanta demora (e de por que eu ter estado tão focado em japonês em certo momento. Era mais fácil me concentar nessa matéria devido ao volume de estudo recente. Quem sabe o que o futuro me aguarda, não?
Contudo, eu gostaria de me focar em outra questão neste momento. Eu tinha vontade de comentar isso faz mais tempo, mas acabei me passando. Num dos posts recentes, um dos leitores me pediu a "real interpretação" do meu texto; ou seja, o que eu queria dizer com ele.
De fato, o autor pode ter muito a dizer com um texto, pode ter planos e expectativas bem palpáveis com ele, mas acho que nem por isso essa seja a única/real interpretação. Muito pelo contrário, é só mais uma. Um dos motivos por que digo isso é que, em muitas ocasiões, o que o autor quer dizer não é necessariamente o que está escrito; são duas coisas diferentes. Muitas vezes eu me surpreendi com interpretações que leitores fizeram com os meus textos; leituras que eu jamais havia pensado. E sabem de uma coisa? Eu gostei. Muitas vezes concordei: "acho que é isso mesmo", pensava. E por que não? Só porque a minha opinião é diferente ela é a certa? Uma coisa é uma interpretação ruim, algo mal entendido, algum evento que escapou à atenção que mudariam a visão da narrativa. Algo completamente diferente de entendimento. Além do que, eu gosto muito quando vários leitores têm interpretações diferentes sobre um mesmo texto. Odiava (e ainda odeio, para ser bem sincero) aulas de literatura em que o professor tenta nos enfiar a "leitura certa" goela abaixo. Me lembro até hoje de uma aula que tive na faculdade, em que a professora estava dando a interpretação de um poema. Eu, sinceramente, achei aquela interpretação muito "longa", muito complexa. Duvidava que, ao escrever, o narrador tivesse pensado naquilo tudo. Para mim a leitura era muito mais simples. Vejam bem, não me lembro mais do poema nem das interpretações, mas disso mej lembro: levantei o braço e compartilhei minha opinião, dizendo o que pensava (que o autor não era esse gênio todo, tinha uma visão muito mais simples do que a professora achava). Aí foi uma das piores coisas que já vi: ela nem respondeu, só baixou os olhos, fez um sinal de negativo com a cabeça e continuou dando aula. Só faltou dizer algo como: tolinho. Aí eu estava acabado mesmo...
Até porque, eu creio que o texto, ao deixar a mesa do autor para ganhar a internet, os livros, ou só um guardanapo mesmo, ele ganha vida própria, autonomia, independência do autor. Num caso mais extremo: um dia o autor vai morrer, e o texto vai continuar. Como aconteceu com "Dom Casmurro", "Dom Quixote", "Crime e Castigo", "O Senhor dos Anéis", etc. Ninguém se preocupa em perguntar para o autor o que ele quis dizer com isso ou aquilo. Ou alguém conhece alguma sessão espírita que incorpore Homero, Virgílio, Fernando Pessoa e afins?
E sabem de uma coisa? Ninguém se importa com o que eles pensavam. Mesmo. Querem ver? Retomando o exemplo: Dom Quixote. O livro era um ataque à corte e a inimigos pessoais de Cervantes (com o nome deles e tudo). Ridicularizava todos eles e sua cavalaria. De acordo com um professor meu: veneno puro. Hoje virou um romance heróico sobre amor e esperança, com pitadas de humor e sarcasmo. Um clássico. E sabem por quê? Porque tinha nesse livro algo que escapava ao mero domínio do autor/narrador. Algo muito maior do que ele, e ganhou vida própria. Outro exemplo: ALice no País das Maravilhas. Esse livro pode ser lido como uma crítica à corte inglesa com apologia às drogas inclusive. A Disney transformou em desenho infantil. E a intenção do autor, cadê? Em qualquer outro lugar. Porque, sinceramente, não interessa. O que interessa é o texto e aquilo que ele nos diz, porque somos livres para ler e pensarmos no que quisermos. Nós, leitores, ajudamos a dar sentido às palavras. Eu, sinceramente, odeio quando sinto que o narrador tenta me levar pela mão e me guiar por todo o texto. Me sinto menosprezado, tratado como idiota. Gosto quando ele me deixa livre para imaginar e voar conforme meus próprios desejos. Muitas vezes, quando vou ler um texto meu, sinto justamente que falta alguma conexão, que só eu como autor consigo enxergar, e lá vou eu trabalhar o texto para garantir que meus leitores vão conseguir extrair alguma coisa dali. Sem, contudo, me meter na leitura deles. Creio que é um balanço delicado, que nem sempre dá certo. Mas eu tento. E quando dá, dá um gosto de ver. Ou ler, no caso.
Alguém aí está de acordo? Não? Que bom que estamos na internet, então. Venha concordar, bater em mim ou ficar em cima do muro :P

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Perdão... Sorry... Gomen... Pardon....

Bom, primeiramente, eu gostaria de pedir desculpas por não ter postado semana passada. Quem me conhece sabe que minha internet me odeia (assim como várias outras tecnologias) e ela resolveu que não funcionaria adequadamente no final de semana. Então, quando dei por mim, achei melhor esperar até quinta-feira para fazer um super post super legal. Contudo, como sempre, fui deixando para a última hora, e agora me encontro tendo de estudar para duas provas de Japonês que terei amanhã; ou seja, também não vou poder me esmerar como gostaria sobre esse post.
Contudo, não poderia deixá-los sem updates, claro. Onde estariam meus modos? Por isso, aqui vos trago a sequência do último conto, e a promessa de que, ainda essa semana, publico algo um tanto mais elaborado por aqui. E bom feriado!

O chão de Luciane (2)

Hoje, o chão aceitou Luciane de volta. Seu funeral será amanhã pela manhã.